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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Dia 29/12/13 - Alcançamos o fim do mundo!

Após sete dias dirigindo por estradas argentinas passando por cidades desconhecidas para o turismo, encarávamos a Cordilheira dos Andes para chegar a Ushuaia. A região da Cordilheira nebulosa já nos apresenta o tempo instável, característico do fim do mundo. Em suas curvas paisagens emolduradas pela neblina criavam o clima mágico da pontinha mais ao sul do mundo. 

 Será que estou aqui mesmo?
 
Ao cruzávamos a placa Ushuaia, sente-se que o fim do mundo é maior do que imaginávamos. Seguindo em direção ao mar, chega-se a famosa placa do Fim do Mundo. A placa fica ao lado das agências de passeios turísticos. Pausa para a clássica foto! A avenida Maipú, defronte ao mar, já possui restaurantes e seguindo mais a Sudeste, leva ao Trem do Fim do Mundo e o Parque Nacional Terra do Fogo. 

A cidade emoldurada pelas montanhas

A avenida San Martin (uma quadra acima da Maipú) é a rua principal da cidade, onde se pode caminhar e escolher um dos diversos restaurantes do local. Como toda cidade turística, nas ruas adjacentes também se encontram bons restaurantes com preços, muitas vezes, mais acessíveis. No restaurante Volver, prova-se centolha (carangueijo gigante) em diversas formas. E são frescas. Chegaram enquanto jantávamos.

Em outra refeição, provamos o famoso cordeiro patagônico. Simples em temperos, mas com o sabor de defumado especial, o restaurante La Estancia foi uma boa escolha. Preco bacana em ambiente confortável. De sobremesa, prove o "brownie bombom" da chocolateria Laguna Verde e me conte. Gera saudades ate hoje aqui em casa.

Depois de chegar, bem alimentados, era hora de seguir para o nosso lar na cidade. O camping "La pista del Andino" localiza-se no alto da cidade em meio a uma das muitas montanhas que emolduram Ushuaia. Camping bem organizado, espaços separados para as barracas com mesinha e bancos, tomada e um pedaco para fazer fogueira. Banho quente também foi um bom aliado ao verão de baixas temperaturas da cidade.

 Perdi o fôlego no Parque Nacional Tierra del Fuego

No Parque Nacional Tierra del Fuego há algumas trilhas de fácil, média e de difícil intensidade. Ao escolher a mais difícil do parque, 4 km de extrema subida, não sabemos se chegamos ao final por falta de sinalização a partir de um ponto da trilha. Há somente um centro de visitantes e não encontra-se funcionários durante as trilhas. Para chegar ao parque ônibus saem do centro (próximo ao píer), para saber sobre horários, pergunte nas informações turísticas.

O ponto mais ao sul do mundo!

Em destinos extremos os horários se alteram com frequência, pois no inverno anoitece muito cedo e no verão escurece tarde. No verão de 0 grau do fim do mundo, o dia só se torna noite às 23h. O parque, por exemplo, não cobra entrada no inverno, já que é praticamente impossível fazer qualquer trilha.

Apesar de famoso, optamos por não utilizar o trem do fim do mundo, mas fomos de barco ao farol do fim do mundo. Aliás tudo lá é fim do mundo. Apesar do trem ser bem turístico, e por isso a nossa fuga, o barco também é o típico passeio pega-turista: caro e nos sentimos enganados. A paisagem é realmente muito bonita, mas o abuso nos valores dos passeios é decepcionante.



Pergunte a qualquer viajante a sensação de chegar a Ushuaia. Só magia explica. Parece que atravessamos uma etapa. Somos novos viajantes. Alcançamos o fim do mundo e por incrível que pareça, o mundo fica menor nos desafiando a conhecer outros “fins de mundo” por aí. 




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