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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Mala leve e com alça

Por Erika Tolesano 

Delícia é aquela sensação de uma mala bem feita.  Voltar de viagem e ver 100% das roupas irem para o cesto de lavar é sinal de que as roupas levadas na mala foram muito bem escolhidas e usadas. A tarefa de arrumar a mala nem sempre é fácil, mas depois de anos fazendo minhas malas para viagens a lazer e a trabalho, e ajudando pessoas próximas, divido algumas dicas com os leitores do Turistando por aí: 

Erika em sua última viagem pela Europa 

 Planejamento

Antes de começar a colocar a mão na massa faça um levantamento rápido:

De quantos dias é a viagem?
É uma viagem a trabalho, a lazer? Os dois? 
Turismo de praia, cidade, montanha, de esporte, etc? 
Qual a previsão do tempo no destino? 
Quais atividades estão compreendidas no roteiro? Irá caminhar o dia inteiro? Jantares? Reuniões? Festas? Teatros? Espetáculos? Museus? Casamentos?  Tente rapidamente se imaginar fazendo cada coisa e como você gostaria ou precisaria estar vestido. 

À partir das respostas começamos a arrumar a mala.

Normalmente arrumo a mala no mesmo dia da viagem, ou um dia antes; porém 1 semana antes já começo sondando o meu armário do que eu pretendo levar na mala para certificar que tudo estará disponível no dia da arrumação.

Erika em sua última viagem pela Europa 

Regrinhas básicas

1: Só levo roupas que gosto muito de vestir. Tipo o que eu mais amo no guarda roupa, pelo caimento, conforto e que mais combinam entre si...essas peças vão na mala. Já penso em looks que uso normalmente e funcionam. Na viagem nada de inventar levando aquilo que raramente a gente usa. Acho essa dica importante para evitar peso desnecessário e perder tempo tentando pensar em como combinar a tal peça de roupa...um stress.

Erika em Nova York

2: Vários acessórios sempre: echarpes, cachecóis, cintos, colares, pulseiras, etc são preciosíssimos, pois não pesam e tem o poder de ser a "cereja do bolo".

3: Independente do que está previsto no roteiro levo um vestido preto, uma meia calça preta, um sapato de salto e uma bolsa pequena para festa. Nunca se sabe o que vai aparecer pela frente ;)

Estilo até na chuva: Erika na Alemanha 

O que levar? 

A quantidade de roupa vai variar de acordo com a quantidade de dias e motivo da viagem. 

Aqui uma conta para viagens com duração média (12 dias), a lazer, clima frio: 

1 parte de baixo (calça, shorts, saias) para cada 4 partes de cima (camisetas, blusinhas, camisas);

1 terceira peça (cardigãs, tricot, moletom) para cada 4 partes de cima. A terceira peça ajuda a compor o look e criar sobreposições, não só são necessárias para se proteger do frio, como garantem elegância ao visual. Acreditem...elas tem poder! rs...;

1 casaco mais pesado para cada 8 partes de cima;

1 sapato para cada 1 parte de baixo. E aí já contemplando tênis, sapatilha, etc. Só o chinelo que sempre vai na mala e está fora dessa continha. 

Estilo no frio americano

Por último, começar primeiro separando a parte de cima e depois descendo até chegar nos sapatos é a melhor forma de construir os modelitos na mala. 

Beijos e boa viagem!

Erika Tolesano é apaixonada por moda e viagem. Está sempre viajando, seja a trabalho ou a lazer. É turismóloga e nas horas vagas estuda e pratica moda. 

domingo, 25 de maio de 2014

El Calafate, a base para o glaciar Perito Moreno

Se eu pudesse dar um conselho a quem vai à Argentina é: conheça El Calafate. A terceira maior geleira do mundo, o glaciar Perito Moreno, (só perde para os pólo Norte e Sul) está encaixada na patagônia argentina e está pertinho da cidade.


El Calafate é base para conhecer o glaciar e vive pelos turistas. Restaurantes, supermercados, lojinhas de souvernir e agências de turismo são figurinhas comuns nas ruas do centrinho. Do centro da cidade até o Parque Nacional dos Glaciares, onde está o glaciar, são 78 quilômetros.


O parque é acessível a todos os tipos de turistas. Para ver o glaciar há uma passarela extensa que garante proximidade com a geleira. Há elevadores e pontos estratégicos para quem não quer se molhar – como o tempo na Patagônia é instável, pode chover ou fazer sol a qualquer momento. Banheiros, restaurantes e estacionamento estão disponíveis para os visitantes. Há dois estacionamentos para andar na passarela, caso estacione no mais longe, há vans para transportar os turistas.

Além de ver o glaciar, há algumas atividades disponíveis no parque como o minitreeking pelo Glaciar Perito Moreno. O ticket é ainda adquirido na agência Hielo y Aventura no centro de El Calafate. É bom comprar com antecedência, especialmente na alta temporada.



Fique de olho! - Um detalhe importante: em Janeiro de 2014, a oscilação da economia argentina fez com que o valor do passeio pago em dólares fosse mais barato do que pago em reais ou mesmo pesos argentinos.



O passeio dura aproximadamente cinco horas total e uma hora e meia pelo gelo. Para fazer a atividade barcos saem do porto “Bajo de las Sombras” onde há estacionamento. Há possibilidade de contratar ônibus desde El Calafate através da própria agência.


Após alguns minutos de barco, chega-se a base do gelo, onde há guias separando os grupos. Coloca-se crampons (grampos) e inicia-se o treeking. Entre subidas e descidas geladas, diversos tons de azul são vistos. Ao final do passeio, uma surpresa muito boa!



A empresa TAQSA (Av. Antonio Rojo, 88)  faz o trajeto rodoviária de El Calafate - Glaciar Perito Moreno. Horários variam de acordo com a temporada. Outra opção é contratar o transporte diretamente com uma agência de viagens ou adicionar ao pacote do passeio. 

O parque funciona de segunda a sexta das 8h-19h e sábado e domingo 8h-20h.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Um pequeno guia sobre o Parque Nacional Torres del Paine, no Chile

Entendendo o parque:

O parque nacional Torres del Paine fica no extremo sul do Chile e é considerado um dos principais destinos para quem quer conhecer a Patagônia chilena.
As cidades base para conhecer o parque são Punta Arenas (400 km de distância) e Puerto Natales (112 km de distância). É importante lembrar que somente nessas cidades é possível trocar moedas, abastecer o carro e ir ao mercado.
O parque é dividido em três setores: Las Torres, Lago Pehoé e Lago Grey. São nessas três áreas que estão localizadas as bases de hospedagem e alimentação. 

Paisagem de tirar o fôlego

As áreas são nomeadas pela proximidade com os atrativos turísticos: em Las Torres, por exemplo, localiza-se as famosas torres do parque.
As estradas do parque são em rípio (terra batida com pedras) e a direção deverá ser cautelosa. Se você estiver hospedado em hotéis, há transporte disponível para entrada do parque e outros pontos. O total de quilometragem dentro do parque é de 97 km.
A principal agência que organiza os passeios e cuida das hospedagens em refúgios e campings é o Fantastico Sur.

Hospedagem:

Há basicamente três tipos de hospedagens: hotéis, campings e refúgios. Em alguns locais existem os domos, grandes barracas armadas com aquecimento e cama em locais específicos.
Os hotéis são Pehoé, Las Torres, Lago Grey e Tierra Patagonia. Luxuosos, os hotéis são destinados para pessoas que querem pagar um pouco mais pelo conforto. 

Os campings são Torres*, Los Cuernos*, Serón*, El Chileno*, Francés*, Grey, Dickson e Los Perros. Os campings são delimitados com um espaço para barracas e mesa com banco. Não há eletricidade nos espaços e não é permitido fogueira. O campista deve trazer o próprio fogão. Os banheiros possuem chuveiro quente. 

Vista da barraca, no camping Torres

Os refúgios são Torre Central*, Torre Norte*, El Chileno*, Los Cuernos*,Grey e Dickson. Os refúgios são camas em quartos coletivos aquecidos. É nos refúgios que ocorrem os pagamentos das acomodações de camping e camas do refúgio.
É possível alugar todo equipamento de camping no parque. No refúgio Torre Central há informações.
Domos são barracas verdes com camas armadas e aquecimento. Boa opção para grandes grupos. Os domos são Los Cuernos e Francés.
 
*Locais administrados pelo Fantastico Sur e os destaques em vermelho são campings localizados no meio das trilhas, ou seja, são paradas para trilhas longas.


Preços para temporada 2013/2014: http://www.fantasticosur.com/rates/

Dica extra: nos refúgios ao pagar com dólares (seja alimentação ou alojamento) não se paga o IVA, imposto sobre o valor de hospedagem.

Alimentação:

No parque há poucas opções de alimentação e os preços são abusivos. Faça uma bela compra no supermercado em Punta Arenas ou Puerto Natales. Especialmente snacks para trilha e água.
Se for acampar, leve alimentos para cozinhar e não se esqueça do fogão. Veja aqui um post sobre comidas de acampamento. 

Há três restaurantes no parque: Hosteria Las Torres, Hosteria Pehoé e Hosteria Lago Grey. Mas espere por preços altos e dependendo da época do ano é necessário fazer reserva antecipada.
Alguns refúgios oferecem alimentação (café da manhã, almoço e jantar) com um cardápio fechado variado somente para vegetarianos ou carnívoros. Os preços são mais acessíveis do que os restaurantes, porém simples. O ticket para a refeição deve ser adquirido antecipadamente. 
 
Lago Grey

O que fazer:

Quem procura o parque, busca natureza. E ela surpreende. As cores das montanhas e o azul “paine” formam paisagens surpreendentes. 

Para conhecer os locais mais famosos, é necessário encarar trilhas bem delimitadas porém intensas.
Quem busca ver o básico (e verá sim, muita beleza também) precisará de um carro. Mas lembre-se que a estrada é em terra e estreita, toda a atenção e cuidado no parque é necessário.


As principais trilhas do parque são o Circuito W (que forma uma letra W mesmo e dura dias), Circuito O (que rodeia o parque) e a trilha Base de Las Torres (trilha que chega até a base da paisagem que dá nome ao parque - As Torres). Essas três trilhas passam por todos os pontos do parque. Porém é possível conhecer parte destas atrações, algumas trilhas menores apresentam belas paisagens, como por exemplo o Glaciar Grey.

Vista da base das Torres, após horas de caminhada

A recomendação aqui é estudar bem o roteiro e escolher o que quer fazer no parque. Verifique o tempo necessário para cada trilha e também o seu estado físico. Para conhecer as trilhas, veja http://www.fantasticosur.com/w-circuit/

Veja as distância dos locais dentro do parque: 

Preços variam conforme baixa e alta temporada e estações do ano. Veja aqui.

sábado, 10 de maio de 2014

Volta ao mundo em 50 países - Parte III

Planejamento
por Eliana Loureiro

TPA: Boas surpresas durante a viagem ou seu planejamento?

D.C.: Muitas surpresas, como encontrar um casal com dois filhos pequenos quando visitava o castelo cruzado de Krak de Chevalier, na Síria, ficar amigo deles, descer para o Líbano com eles, descobrir que tinham um veleiro na marina de Beirute, e ser convidado para ficar a bordo.



TPA: E más surpresas?

D.C.: Algumas más surpresas, como sofrer um acidente de moto na Turquia, quando visitava as cidades subterrâneas na Capadócia. O médico no hospital para onde fui não falava inglês e eu não falava turco. Mas tudo tem a sua compensação, e o pessoal do hotel onde eu estava foi superlegal comigo, me ajudando de todas as formas possíveis. Também meus amigos velejadores, que me esperaram por quatro dias em Istambul, e como eu não podia caminhar pela cidade, pois ainda estava com problemas, me levaram para velejar e conhecer toda a cidade pelo Bósforo.


 Daniel Conrado posa com mar ao fundo em Cape Town, na África do Sul.

                                                                  Foto: arquivo pessoal.

TPA: Já passou por alguma dificuldade durante a viagem? Como resolveu?

D.C.: Quando morava na Bélgica, saí num final de semana para conhecer Luxemburgo de carona. Na ida foi tudo bem, mas na volta, peguei uma carona com um sujeito estranho, num carrão americano. Ele me convidou para tomar um café na beira da estrada, e aceitei. Daqui a pouco o sujeito se levantou e saiu, achei que tinha ido ao banheiro. Ele demorou muito, fui até o estacionamento, e descobri que ele tinha sumido e levado com ele toda a minha bagagem, passaporte, dinheiro, cartão do banco, tudo! Tive que dar mil explicações para a dona do café, pois ele ainda saiu sem pagar nada! Precisei ir até a polícia e ao banco, que por sorte tinha uma agência na vilazinha. Fiquei no meio da Bélgica com as mãos abanando, e o que é pior, sem passaporte! Por sorte, a polícia conseguiu encontrar o meu passaporte e alguns pertences jogados na estrada, mas o sujeito usou meu cartão até onde pode... Como eu avisei logo no banco, entretanto, consegui reaver o dinheiro em 30 dias por meio de um seguro.

 Lembrança turística do Equador.
                                                                  Foto: arquivo pessoal.


TPA: Já mudou seu planejamento quando estava no lugar? Por quê?

D.C.: Já mudei várias vezes o planejamento de viagens, pois, às vezes, os lugares que pensamos serem interessantes acabam não sendo, então, ficamos menos tempo neles, e outros que à primeira vista não tinham nada, acabam se revelando muito mais interessantes. Também por atrasos de viagem, problemas em carros (já furei pneu duas vezes nos EUA); acabamos passando alguma atração que estava programada, mas não deu pra parar.



TPA: O que mais gosta de conhecer para os lugares onde viaja: a comida, a cultura, o povo? Ou algo mais?

D.C.: O que mais gosto de conhecer são ruínas, testemunhos de antigas culturas ou civilizações. Lugares fascinantes como as Pirâmides e Templos do Egito, a Ilha de Páscoa, que pertence ao Chile, os Templos Maias no México, Stonehenge na Inglaterra, o Muro das Lamentações em Israel, Petra na Jordânia, Palmira na Síria... Claro que também a cultura local, a comida e principalmente, as pessoas! Tenho amigos pelo mundo todo, pelas viagens que fiz!

TPA: Sei que você está viajando no momento. Pode contar um pouco sobre essa viagem?

D.C.: Estou no momento no Canadá, em Vancouver, na British Columbia. Estive no final de semana com amigos que estão morando em Montreal, no Quebec. Lá estava nevando e me diverti muito na neve. Aqui em Vancouver nessa época do ano é meio chato, pois chove o tempo todo. A cidade é muito bonita e as montanhas e lagos da região são maravilhosos. Os canadenses são muito educados e tentam ser simpáticos com todos. O país todo é um mosaico de imigrantes, muitos asiáticos, mas tem de tudo. Aqui são muito tolerantes com todas as pessoas e valorizam todas as expressões culturais. Teve uma festa de Saint Patrick, padroeiro da Irlanda, e fizeram uma parada que passou bem na frente do prédio onde estou. Tem muitos irlandeses aqui, então, a festa é bem popular. Mas o engraçado da diversidade é que as outras culturas aproveitam pra se apresentar também, então, teve escoceses, chineses, passando com o dragão, indianos, um samba do crioulo doido. Assisti a uma apresentação de dança irlandesa muito bonita, é um sapateado bem interessante. O melhor período para conhecer Vancouver mesmo é no verão, pois a cidade se torna muito agradável. Minha experiência aqui, apesar da chuva diária, tem sido muito boa.


“Não vou dizer que tenho uma programação financeira pra viajar porque eu, na verdade, gasto todo o meu dinheiro com viagens. É uma escolha pessoal"



TPA: Como escolhe seu próximo destino?
D.C.: Os próximos destinos são escolhidos por conveniência, por exemplo, se tenho alguma viagem a trabalho, posso acoplar alguns dias de férias e aproveitar algum local próximo. Busco sempre conhecer lugares novos, principalmente países. Mas alguns locais são tão bons que acabo voltando sempre, como Paris e Londres.
TPA: Como faz para planejar o roteiro da sua viagem? Quais recursos, ferramentas utiliza?
D.C.: Eu utilizo muitíssimo a internet. Fazendo as reservas de hotéis e voos com antecedência se consegue ofertas muito boas. Utilizo muito o Google Earth para calcular viagens de carro, pois dá pra fazer uma boa estimativa de tempo de viagem. Meus guias preferidos são os do Lonely Planet (www.lonelyplanet.com) (existe também o site em português no endereço www.lonelyplanet.com.br), especialmente os “on a shoestring” (expressão em inglês que significa pouco dinheiro – é possível comprar guias no site com dicas para quem quer fazer esse tipo de viagem mais barata), pois apesar de não mochilar mais, eu acho que sempre é bom cortar gastos desnecessários. Também sempre dou uma olhada naquele livro “Mil lugares para conhecer antes de morrer”, pois, às vezes, tem alguma atração interessante bem perto de onde a gente está, só a alguns quilômetros fora da rota, e é bom aproveitar! Também converso muito com amigos que já foram para os lugares onde quero ir. Às vezes, recebo dicas de locais que desconhecia completamente, como foi o caso de Los Roques, na Venezuela, um paraíso maravilhoso que pouca gente conhece.

                                   Mergulho usando snorkel em Los Roques, Caribe Venezuelano.
                                                                    Foto: arquivo pessoal.

TPA: A internet é uma importante aliada no planejamento da sua viagem? De que forma?
D.C.: Tem alguns sites que eu uso muito. Para planejamento, uso bastante o www.airbnb.com, que permite alugar lugares fantásticos, desde trailers, barcos, casas malucas, faróis, até coisas mais prosaicas como um quarto no apartamento ou casa de alguém. Uso, agora menos (Daniel se casou há quatro anos), o www.hospitalityclub.org, pelo qual se pode ficar de graça na casa de uma pessoa, e também receber pessoas se quiser. Claro que os locais são mais simples, às vezes só um sofá, mas também já dei sorte, como quando fiquei em Cape Town, na África do Sul, na casa de uma engenheira. Era um condomínio top, instalado em uma suíte de cinema! Uso também para alojamento o www.booking.com, que dá uma boa escolha de hotéis. Para passagens aéreas inicio geralmente pelo www.decolar.com para uma visão geral das companhias que voam para a localidade que quero, e depois vou ao site das próprias companhias aéreas. Um casal inglês que recebi na minha casa pelo Hospitality Club tem um site bem interessante, que dá dicas de como viver mais barato, entregando trailers, cuidando de casas, pegando ofertas de cruzeiros de última hora etc... O site é  www.glenswatman.blogspot.com. Bem útil.
TPA: O que você privilegia? Gastar menos, a experiência da viagem? Ou outra coisa?
D.C.: Privilegio sempre ter uma experiência nova. O dinheiro pode ser gasto de várias formas, eu opto por economizar no dia a dia, mas também me dou oportunidades de conhecer hotéis melhores. Pelo menos uma diária em um hotel superinteressante eu planejo me dar de presente. Assim, acredito enriquecer a experiência. Por exemplo, na minha viagem de lua de mel pelos Estados Unidos, resolvi economizar na maioria dos hotéis, mas em um, eu gastei mais, o Madonna Inn, em San Luis Obispo, na Califórnia, que só tem quartos temáticos. Ficamos na Cave Man Suite (uma suíte temática de homem das cavernas), e foi muito divertido!



“Para mim, o bom da viagem começa com a ideia, a vontade de visitar um lugar. Depois, vem o planejamento, no qual a gente já começa a viajar. E depois, a viagem propriamente dita. Planeje com antecedência. Pesquise as diversas alternativas!”


TPA: Como você se planeja financeiramente para suas viagens?
D.C.: Planejo financeiramente tudo, desde as providências em casa (com quem os cachorros ficarão), até a forma de locomoção mais adequada. Pesquiso muito, por exemplo, se ir de trem, ônibus, barco ou carro sairia mais barato. Claro que depende da viagem e do que quero ver. Quando vou para a Europa, por exemplo, sempre procuro usar o leasing de carro ao invés do aluguel, pois sai pela metade do preço, o carro é zero km, tem seguro total sem franquia e assistência técnica 24 horas, 7 dias por semana, em toda a Europa. Quando chego às cidades já estudei antes o transporte público e sei qual cartão vale mais a pena comprar. Uso muito as milhas das companhias aéreas, já viajei pela TAP para Londres em classe executiva só com
milhas. Claro que viajar não é barato, mas também pode não ser tão caro assim se a gente se programa. Não vou dizer que tenho uma programação financeira pra viajar porque eu, na verdade, gasto todo o meu dinheiro com viagens. É uma escolha pessoal. Tem gente que acha importante trocar de carro todo ano, eu me contento em ter um carro bom, de qualquer ano, que me sirva bem e gasto o dinheiro viajando!

TPA: Quais dicas, conselhos ou sugestões você dá para quem quer viajar?
D.C.: Pesquisar, pesquisar, pesquisar. Para mim, o bom da viagem começa com a ideia, a vontade de visitar um lugar. Depois, vem o planejamento, no qual a gente já começa a viajar. E depois, a viagem propriamente dita. Planeje com antecedência. Pesquise as diversas alternativas! Ônibus geralmente são mais baratos do que trens de uma cidade para a outra da Europa. Os trens oferecem uma infinidade de passes que são mais ou menos adequados, dependendo do número de dias, número de cidades visitadas, enfim... Se você comprar as passagens aéreas com o cartão de crédito, o seguro é grátis, inclusive o Schengen para a Europa (Assistência em viagem obrigatório para viagens dentro da comunidade europeia, com valor mínimo de 30.000 euros para garantir assistência médica por doença ou acidente), é só pedir para o cartão, tanto de Visa quanto de Master.O concierge dos cartões é muito útil para comprar passagens locais (ex.: ônibus no Chile), entradas para espetáculos, atrações, mandar flores para a sua amada... Funciona! 

Leve sempre os dados dos documentos que está carregando em um papel à parte, para mais facilmente tomar as medidas adequadas em caso de roubo. É bom até ter duas ou três cópias dos telefones importantes em locais estratégicos separados. Bom, as dicas são muitas e variam com o tamanho da viagem. Mas há muitos sites especializados em viagens que podem ajudar.

Viajar é como amar. A gente passa a ter uma conexão com os lugares que conhece, especialmente por meio das pessoas. A maior riqueza que eu acumulei nesses anos todos foi a quantidade de amigos com a qual fui presenteado. É o maior tesouro do viajante!

Clique aqui para ler segunda parte da entrevista e aqui para ler a primeira parte.