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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A nossa NOLA :)

Quando os franceses fundaram New Orleans não imaginariam que a cidade se tornaria um dos lugares mais multiculturalistas dos Estados Unidos. E deveriam se arrepender de vender a área por uma bagatela de 15 milhões de dólares. New Orleans entrou no pacote da famosa compra de Louisiana, na época com extensão até Rocky Mountain.

Mas não foi só ali que NOLA – a forma carinhosa de chamar New Orleans – começou sua história e suas misturas. Além da fundação francesa, por quarenta anos (1763-1803) a cidade passou por domínio espanhol. Já não bastasse a mistura francesa-espanhola-americana, NOLA está ainda em uma área com maior números de africanos nos EUA. Pronto, é dessa mistura que dá todo seu charme.

Arte por toda parte.
 
Em New Orleans, você pode passear pela arquitetura francesa e ainda comer algo meio africano meio espanhol. A comida creole e cajun são características da região. A mistura francesa e africana são caracterizadas por comidas apimentadas, ricas em especiarias, frutos do mar, feijão, arroz e carne de porco. Além disso, os sanduíches poboys são típicos. Testei o de jacaré – carne comum na região – mas senti gosto de frango. 
Para sentir um pouco de toda essa história em um país considerado novo, visite o French Market, o mercado público de NOLA. Apesar de ser diferente do que conhecemos por mercadão e mais parecido com uma feirinha, lá encontramos artesanatos e comidinhas frescas.

Cores fortes na comida típica cajun e creola
 
Para relembrar as raízes francesas, NOLA se envaidece de manter o Café du Monde desde 1862 e vender lá os famosos beignets (quase um tipo de bolinho de chuva). Esse é o carro chefe do café, fora isso há poucas opções.
Cafe du Monde <3
 
Uma das ruas mais famosas do mundo é a Bourbon Street, lá é onde o babado acontece, os bares ficam com as portas abertas e a música às alturas. Bom prá quem gosta de agito. Quem prefere tranquilidade, mas não abre mão de música de boa qualidade não sofrerá em NOLA. A cidade é cenário do jazz, estilo musical nascido ali mesmo no final do século XIX, e pode ser encontrado em qualquer lugar.
Música de rua..
 
A musicalidade está no meio da rua, literalmente. Fiquei quase uma hora escutando uma banda, comprei os 2 cd´s e quando resolvo sair e caminhar um pouco mais, encontro outra. Paro novamente, mas não me arrependo. Era música de qualidade mesmo. Só para situar, o famoso Louis Armstrong criou seu nome em NOLA.
 Jackson Square
 
Ali no centrinho, ou melhor no French Quarter, ficam também os prédios de arquitetura francesa. Reserve um tempo para uma voltinha pelo quarteirão. Lá há artes de todos os tipos que fazem bem aos olhos. A Jackson Square lembra que o catolicismo passou por ali. Mas, andando pelas ruas e passeando nas lojinhas percebe-se que os vodus (bonequinhos para perfurar o corpo) são a atração. Não é à toa. Legado deixado pelas tribos africanas, o vodu nada mais seria do que um tipo de devoção, comparável ao candomblé no Brasil.
Na cidade, há boatos sobre bruxaria e os cemitérios se tornam uma atração. O St Louis Cemetery possui três filiais, o número 1 (425 Basin St) é o mais famoso e mantém o túmulo de Marie Laveau, espécie de rainha de vodu na cidade. Há tours assustadores sobre o tema, tanto nos cemitérios como em prédios históricos.
Detalhes...
 
O cemitério fica no Garden District. Para chegar lá saindo do French Quarter pegue um dos bondinhos. Sim, aqueles clássicos encontrados em várias cidades. Não se engane só com o cemitério para visitar o bairro. Caminhando pelo distrito dos jardins são as casas que mostram outra NOLA. Ali, foi o luxo que predominou. A tranquilidade é grande e, de repente parece que somos transportados para uma cidade do interior.
No Garden District, olhe para baixo.
 
Foi em uma das casas que o filme “O Curioso Caso de Benjamin Button” foi filmado. É na mansão da rua Coliseum (2707 Coliseum St) que Benjamin cresce, ou melhor, decresce. Uma curiosidade antes das filmagens: diante da recusa da proprietária em locar a casa, Brad Pitt liga para a moradora e tenta convencê-la sobre a importância de filmar em New Orleans logo após o Katrina (furacão que devastou NOLA em Agosto de 2005) informa que essa visibilidade trará um novo ar para a cidade. A ligação deu certo e grande parte do filme se passa ali.

A casa onde foi filmado a vida de Benjamin Button
 
Aliás, curiosamente, New Orleans é um dos principais pólos cinematográficos dos EUA.  Por incrível que pareça está pertinho de Nova York e Los Angeles no ranking de locações de cinema. A lista de filmes que usaram NOLA como pano de fundo é incrivelmente grande. Veja aqui.

Há uma agência especializada somente nesse tipo de passeios. Infelizmente, descobri somente depois da minha visita na cidade (em Dezembro de 2010), mas isso virou mais uma oportunidade para voltar. A Nola Movies é a única que faz esse tipo de passeio, a empresa oferece tours para locações de diversos filmes e lembre-se que a lista é enorme. Chato não será, né?

Dica extra: New Orleans ainda abriga o Museu Nacional da Segunda Guerra Mundial.



 Anotem na agenda! - Fevereiro é mês de futebol e carnaval

No dia 03 de fevereiro de 2013, New Orleans sediará a final da NFL. Essa é a décima vez que a cidade abriga o evento. Um dos pontos para a escolha da cidade é a alta temperatura comparada com o restante do país nessa época.

Em 12 de fevereiro também ocorre o tão famoso Mardi Gras, o carnaval de New Orleans.  Apesar dos desfiles acontecerem quase que diariamente desde Janeiro, é em Fevereiro que o bicho pega mesmo. Todo mundo vai para as ruas.  As cores verde, roxo e dourado são dominantes nessa época. Assim como no Brasil, colares, máscaras e perucas também são figurinhas carimbadas.





quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

10 lugares de graça (ou quase!) para aproveitar São Paulo.


O museu que nos mostra uma nova forma de pensar a nossa língua, tem entrada gratuita aos sábados. Todos os sábados, domingos e feriados há também duas visitas gratuitas – às 12h e 14h – ao prédio da Estação da Luz.
O museu receberá ainda este ano grandes exposições como Cazuza e Vinícius de Moraes, além de diversas outras no decorrer do ano. Fique de olho na programação!

De terça a domingo das 10h às 18h (bilheteria fecha às 17h). Na última terça-feira do mês, o museu ficar aberto até às 22h (bilheteria fecha às 22h). Não abre às segundas-feiras. Nos outros dias o ingresso é R$ 6,00 (R$ 3,00 meia entrada).
Praça da Luz s/n. Luz - São Paulo-SP. (11) 3326-0775. Estação Luz do metrô e da CPTM.


O MIS recebe em fevereiro a exposição do chinês polêmico Ai Weiwei. Essa será a primeira aprensentação do artista em toda América.
O museu possui entrada gratuita às terças-feiras. Horários de funcionamento geral: Terças a sextas, das 12h às 22h; sábados, domingos e feriados, das 11h às 21h. Verifique o horário de cada galeria diretamente no site. Não abre às segundas-feiras. O valor do ingresso varia da área visitada, veja no site valores atualizados para cada exposição.
Avenida Euroupa, 158. Jardim Europa - São Paulo-SP. (11) 2117-4777. Verifique também no site as melhores linhas de ônibus para chegar ao local. 
 
A Sala São Paulo oferece concertos gratuitos aos domingos pela manhã. Basta ir até a bilheteria e retirar seu ingresso à partir da segunda-feira anterior à apresentação.
A programação já saiu no site e as apresentações começam em fevereiro.
Praça Júlio Prestes, 16 - São Paulo -SP.  (11) 3367-9500. Estação Luz do Metrô e  da CPTM.
O metrô de São Paulo oferece 5 roteiros na cidade por apenas um bilhete de metrô (R$3,00).
Os roteiros são na regiões da Avenida Paulista, República, Sé, Liberdade e Luz.
Basta chegar com 20 minutos de antecedência no balcão da Turismetrô na estação Sé do metrô.
Para informações de horários, visite o site.
Todas às quintas-feiras acontecem caminhadas temáticas pelo centro de São Paulo. O grupo se encontra em frente ao Teatro Municipal e saem às 20h para o passeio. E o melhor, é gratuito.
A idealização é do restaurante vegetariano Apfel, ali no centro mesmo e com filial agora no Jardins.
Veja o site para saber qual será o tema da noite. Em Janeiro, tem o especial aniversário de São Paulo com saída na sexta-feira à meia-noite.
Ótima iniciativa para conhecer o centro e suas histórias!
Lembre-se o Teatro Municipal fica entre as estações Anhangabaú (linha vermelha do metrô) e República (linha vermelha e amarela do metrô). 
Quando visitei ainda em 2008 a cripta da Sé, me surpreendi, não sabia como tamanha beleza poderia estar tão escondida. Também pudera, a cripta precisou ser fechada pois o vandalismo prejudicou muito de suas paredes e esculturas.
Poucos sabem, mas ainda é possível visitar a cripta. Quando entrar na catedral, linda e imponente, se dirija ao lado do altar e peça para visitar a cripta. O ingresso simbólico de R$ 5,00 vale para descobrir uma pérola paulista. Só é necessário agendamente para quem estiver em grupos.
As visitas podem acontecer em qualquer horário dentro do horários de funcionamento da cripta
O horário de funcionamento é de terça à sexta-feira das 10h às 11h30 e das 13h às 17h30; aos sábados das 10h às 11h30 e das 13h às 16h30, e aos domingos das 10h às 12h30 e das 14h às 16h30.
Não há visitas nas segundas-feiras e no último domingo de cada mês.
Não há limite mínimo de pessoas para fazer a visita.
Ingresso: R$ 5,00 (por pessoa), menores de 7 anos não pagam.
A Catedral fica na estação Sé (linha azul e vermelha do metrô).
Só para dar um gostinho! -
 Cripta da Catedral da Sé.

7. Museu do Futebol.
Até quem não gosta de futebol irá gostar desse museu. Os mesmos idealizadores do Museu da Língua Portuguesa, trouxeram uma forma dinâmica ao esporte.
Só para se ter uma ideia, durante um andar e outro, você se sentirá dentro de uma torcida. Não tem como não se arrepiar. As curiosidades e as imagens das copas do mundo são interessantíssimas. E tem mais, o museu é para qualquer idade!
Dica: Até 07 de Abril, está em cartaz a exposição sobre juízes. Muito interessante. Corre lá prá ver :)
Às quintas-feiras o museu é gratuito! No restante dos dias o ingresso custa R$ 6,00 (R$ 3,00 a meia entrada). O museu funciona de terça a domingo das 9h às 18h (a bilheteria fecha às 17h). Só observe no site as datas de jogos no Pacaembú, dias que o museu não funciona.
Praça Charles Miller s/n - Estádio do Pacaembú. (11) 3664-3848. As estações de metrô mais próximas do museu são Clínicas (linha verde do metrô) e Barra Funda (linha vermelha do metrô). De qualquer uma das estações, é necessário pegar um ônibus ou táxi. Há estacionamento zona azul na frente na própria praça.
Relaxe uma tarde em plena São Paulo em meio a plantas, mata, estufas, macacos e lagos.
Funcionamento: De terça a domingo e feriados das 9h às 17h. Fechado às segundas-feiras, sexta feira santa, 25 de Dezembro e 01 de Janeiro.
Entrada é R$ 5,00.
Avenida Miguel Stéfano, 3031 - Água Funda - São Paulo -SP. (11) 5073-3678.
O Museu da Independência possui jardins incríveis e uma arquitetura belíssima. O jardim por si só já é uma atração e ponto de muitos fotográfos da cidade, quiçá do Brasil. 
Mas não fique somente no jardim, visite o museu também! Você não se arrependerá. Os quadros e mobília resgatam a história do Brasil, algo com pouca memória nos dias atuais. Em 2013, está programada a exposição sobre o morar paulistano.
Dica: Há boatos que o museu fechará para reforma ainda em 2013. Então aproveite o quanto antes para visitá-lo.
O museu é gratuito no primeiro domingo de cada mês, dias 25 de Janeiro e 07de Setembro. Nos outros dias o ingresso custa R$ 6,00 a inteira e R$ 3,00 para estudante.
Aberto de terça a domingo das 9h às 17h.
Parque da Independência s/n. - Ipiranga - São Paulo-SP. (11) 2065-8000.
Aos sábados acontece em Pinheiros uma das feiras mais tradicionais de São Paulo. Cheia de antiguidades e agora, com espaço para artesãos mais modernos, a Praça Bendito Calixto conquista os paulistanos.
A feira tem música ao vivo e um acarajé de dar água na boca. Se não gostar de comida baiana, uma barraquinha de comida portuguesa não deixa nada a desejar, pelo contrário, surpreende qualquer um.
Grátis. Acontece aos sábados durante o dia na Praça Benedito Calixto - Pinheiros - São Paulo-SP (entre as ruas Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde).
Vamos aumentar essa lista? E vc, tem alguma dica? Deixe nos comentários para viajantes como nós ou mesmo paulistanos interessados em conhecer melhor a nossa cidade :)
 

domingo, 6 de janeiro de 2013

Em Aparecida - SP visite a Basílica de Nossa Senhora!

Após algumas tentativas frustadas na pescaria, três pescadores resolveram rezar para Virgem Maria. A reza não trouxe peixe de primeira, mas sim uma imagem. Isso aconteceu em 1717. E essa nem branca, nem preta, seria Nossa Senhora Aparecida, mais tarde a padroeira do Brasil.


 A Basílica

A Basílica de Nossa Senhora Aparecida foi erguida próximo ao ponto onde supostamente foi encontrada a imagem no Rio Paraibuna, em Aparecida, cidade a 180 quilômetros da capital paulista. A igreja foi inaugurada em Julho de 1980, com a vinda do papa João Paulo II. Porém, antes disso, muitas pessoas já visitavam a imagem a pedido de milagres ou com o objetivo de pagar promessas. 

 Jogo de luzes dentro da basílica!

Hoje em dia, a basílica (que já passou por diversas reformas) possui estrutura para turismo com estacionamento, lanchonetes (inclusive Mc Donald's), lojas e sinalização em português e inglês por toda a basílica.

Curiosidade: Foi em 1888, com a visita de princesa Isabel que pagando promessa ofereceu à santa o manto azul e a coroa de ouro. A Santa só seria coroada com o presente em 1904

 Detalhes do teto.
Para ver a imagem original, basta passar por uma fila, e poderia acrescentar que bem organizada, para conseguir avistá-la. É linda! Repare também nas imagens em azulejos aos lado e em toda a basílica. Gigantesca, por sinal. 

A divisão da basílica em cruz facilita acompanhar a missa. Ainda bem tradicionais, espere por uma missa mais parada e com cantigos mais clássicos. A acústica da igreja não é das melhores, mas em compensação os vitrais são espetaculares. É bonito ver a luz da manhã adentrar os vitrais coloridos.
 Os vitrais coloridos.

Abaixo da própria basílica, há a sala dos milagres, livraria, loja (mais cara do que o camelô em frente), sala dos romeiros e casa do pão. Estrutura não falta. Também só em 2012 foram mais de 11 milhões de visitantes! Para evitar lotação, evite o mês de Outubro, especialmente o feriado do dia 12, quando comemora-se o dia de Nossa Senhora.

 A sala dos milagres
O tamanho da basílica encanta, a beleza é incrível e a fé comovente. Para os seguidores de outra religião, visitar a basília é uma experiência única. Mesmo sem intenção, prepare-se para sair de lá com uma santinha, seja ela de imã, de madeira, plástico e de qualquer cor. Nesse quesito, o importante é saber que ela foi abençoada e, com certeza, foi.

Dica 1: Atrás da basílica fica a passarela dos fiéis. Ótimo ponto para tirar fotos, mas esteja preparado para a quantidade de turistas.

Basílica Nossa Senhora Aparecida. Grátis. Estacionamento pago. 180 km de São Paulo. Possui pedágio no trajeto.
Avenida Dr. Júlio Prestes, s/n. Bairro Ponte Alta. Aparecida - SP. 
Tel: (12)3104 1000 
Para horário de missas e eventos, visite o site.







terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Kinkaku-ji: o pequeno templo dourado de Itapecerica.

Em 1397 foi criado em Kioto, no Japão, o templo Kinkaku-ji -  templo dourado ou coberto por ouro. 577 anos depois, em 1974, era inaugurado uma réplica desse templo em Itapecerica da Serra em São Paulo - Brasil.

Esse templo pequenino e pouco conhecido pelos turistas me encantou quando o visitei ainda em 2005. Nessa última visita que fiz, no final de 2012, me causou uma pequena tristeza. A falta de cuidado tira um pouco a beleza do local. Mesmo assim, no meio da natureza, (precisa-se caminhar uma ladeira de terra da portaria ao templo em si), o templo ainda possui sua beleza.

É praticamente impossível saber que há um templo em Itapecerica da Serra, as placas marrons (símbolo internacional para atração turística) foram trocadas por uma "gambiarra" quase de papelão. Passa-se pelo centro de Itapecerica e pela área rural, até então chegar ao final da rua Camarão, onde há a portaria do templo. 

 Portal de entrada.

Já na entrada há um portal mostrando toda a imponência japonesa. Depois disso, o caminho íngreme te guiará por ideogramas intraduzíveis onde percebemos serem nada menos que túmulos de pessoas que preferiram serem cremadas. Apesar de fúnebre não perdem sua beleza. Quase chegando no templo ainda avistamos túmulos menores, já com nomes brasileiros. Entre eles estão as cinzas do autor global Cassiano Gabus Mendes.

Detalhes pelo caminho.
Alguns passos a frente, em meio a mata atlântica, encontramos o nosso pequeno templo. Não há como negar que ficamos encantados, mas também percebemos o descuido (a recepcionista nos informou que o templo passará por uma reforma ainda este ano).

A chegada ao templo Kinkaku-ji!

Entrando no templo vemos mais lápides. No andar térreo vemos carpas saltando do lago que o circunda, conseguimos alimentá-las com o saquinho de comida comprados na portaria. Subindo as escadas alcançamos o último andar. 

Assim como o templo, o jardim não está todo cuidado, mas é bonito vê-lo de cima. É de lá que conseguimos avistar o templo Enkoji, que apesar de não pertencer ao Kinkaku-ji pode ser acessado pelo    seu jardim.                                                                                                  

Pequenino também, porém melhor arrumado, não conseguimos visitá-lo interiormente. Era um feriado nacional entorno do meio-dia, mas os monges não estavam lá. O templo funciona somente aos sábados e domingos das 10h às 14h, mas disse a recepcionista que caso os monges estivessem por lá abririam o templo. Afinal éramos três visitantes e ao final da nossa visita, vimos mais três. Só. Ficamos a ver navios, ou melhor, o interior do templo por suas frestas.

Templo Enkoji 
 
De lá, caminhamos um pouco mais para tirar uma foto do Kinkaku-ji de frente. Está sol, mas a dourado não brilha tanto quanto poderia. O templo fica ali emoldurado pela mata atlântica e impondo a beleza da arquitetura japonesa. Como dois países tão distintos se misturaram tão facilmente? Só tenho um pensamento: quero conhecer o original em Kioto e voltar para meditar no Enkoji em Itapecerica.
 
Templo Kinkaku-ji emoldurado pela mata atlântica.

A região onde ficam os templos é conhecida como Vale dos Templos. 
Para chegar ao Kinkaku-ji: pela rodovia Regis Bittencourt (BR 101) vire na saída 285 - na placa está escrito "Itapecerica - Santo Amaro - Retorno", que leva ao centro de Itapecerica. De lá o melhor é seguir as placas (não muito bem organizadas, lembra?). Mas o meu conselho é imprimir o mapa do google maps ou utilizar um GPS. 
Rua Camarão, 220 Chácara das Palmeiras - Itapecerica da Serra, SP.
O templo funciona diariamente das 9h às 17h e o ingresso custa R$ 5. Se quiser comprar comidas para as carpas, adquira na portaria por R$ 0,50 cada pacotinho. 
Dica: por não possuir site, ligue antes da visita (011) 4666-4895. As informações podem mudar sem aviso prévio.

Templo Enkoji - Localiza-se ao lado Kinkaku-ji. Pode ser acessado pelo próprio templo, apesar de não possuirem vínculos.
Funciona aos sábados e domingos das 9h às 14h. Visite o site para maiores informações.
Rua Camarão, 220 Chácara das Palmeiras - Itapecerica da Serra, SP. 
Telefone: (011) 4667-5345
Para quem tem interesse em meditar ou conhecer um pouco do budismo, o templo oferece palestras e a prática da meditação alguns dias do mês. Verifique o site para maiores informações.